Cosmologia
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Cosmologia (do
grego κοσμολογία, κόσμος="cosmos"/"ordem"/"mundo" + -λογία="discurso"/"estudo") é o ramo da
astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução do
Universo a partir da aplicação de métodos
científicos.
A Cosmologia muitas vezes é confundida com a
Astrofísica que é o ramo da
Astronomia que estuda a estrutura e as propriedades dos objetos
celestes e o
universo como um todo através da
Física teórica. A confusão ocorre porque ambas
ciências sob alguns aspectos seguem caminhos paralelos, e muitas vezes considerados redundantes, embora não o sejam.
Antiguidade
Na
antiguidade
a observação dos astros e a interpretação religiosa mantiveram uma
ligação praticamente una. Os povos primitivos já utilizavam símbolos
representando os corpos celestes nas manifestações de
arte rupestre. No
antigo Egito e outras civilizações acreditava-se que a
Terra fosse plana, e os astros lâmpadas fixas numa abóbada móvel; em muitas civilizações existiam crenças onde se acreditava que o
Sol
nascia a cada amanhecer para morrer ao anoitecer, e que acabaram por se
tornar a base de muitas religiões antigas. Os gregos, sobretudo os
seguidores de
Pitágoras,
acreditavam que os corpos celestes tinham seus movimentos regidos
rigorosamente pelas leis naturais, na esfericidade da Terra e na
harmonia dos mundos; já os seguidores de
Aristóteles consideravam a teoria geocêntrica, onde a Terra era o centro do universo.
Eratóstenes
Na cidade egípcia de
Alexandria no
século III a.C.,
Eratóstenes,
lendo um papiro, observou que havia uma descrição de que ao sul da
antiga cidade egípcia de Swenet (conhecida na Grécia como Siena, e nos
dias atuais como
Aswan), atravessada pelo Trópico de Câncer, ao meio dia, em
21 de junho, colocadas duas varetas perfeitamente em prumo, estas não produziam sombra. A luz do Sol no
solstício de verão penetrava diretamente no fundo de um poço profundo, e as colunas dos templos não produziam sombra também.
[editar] A descoberta do perímetro da Terra
O sábio fez uma experiência na
biblioteca de Alexandria,
onde posicionou varetas perfeitamente verticais. Observando sua sombra
ao meio dia do dia 21 de junho, descobriu que, enquanto em Siena não
havia sombra, em Alexandria esta era de forma até bastante pronunciada,
em torno de sete graus. Desta maneira Eratóstenes imaginou que se a
Terra fosse plana as varetas não haveriam de projetar sombra em nenhuma
das duas localidades, e se numa delas havia esta projeção e em outra
não, é porque a Terra não era plana e sim curva; ainda num exercício de
pura lógica matemática, após deduzir a defasagem de sete graus entre
Siena e Alexandria pagou para um de seus auxiliares medir a distância
em passos entre as duas localidades, chegando à conclusão que esta
seria em torno de 800 quilômetros. Como a defasagem angular é em torno
de 7 graus e a circunferência é 360 graus, dividindo 360 por 7
encontrou aproximadamente cinquenta, que multiplicado por oitocentos
resultou numa circunferência de quarenta mil quilômetros; isto há dois
mil e duzentos anos.
[editar] Alexandrino Estrabão
Em torno do século I da era cristã, o geógrafo "Alexandrino Estrabão", num de seus ensaios escreveu:
“...(sic)Aqueles
que retornam de uma tentativa de circunavegação não relatam
impedimentos por terras opostas, pois os mares permanecem sempre
abertos; provavelmente o impedimento é a escassez de alimentos ou água... nos diz Eratóstenes que se a extensão do Atlântico não é um obstáculo, a passagem do mar da Ibéria para a Índia
deve ser feita facilmente... Sendo bem provável que na zona temperada
haja uma ou duas terras habitadas... E realmente se esta ou outra parte
do mundo é habitada, não o é por homens como os daqui, e deveremos
considerá-la como um outro mundo habitado”...
[editar] Cláudio Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu de Alexandria cem anos mais tarde, em torno do
século II da era cristã, formulou no
Almagesto sua teoria de que
“...(sic)
Terra se apresentava imóvel e rodeada de esferas transparentes de
cristal que giravam a sua volta e a que se subordinavam o Sol e os planetas...” Ptolomeu relacionou as
estrelas, registrou seus brilhos, estabeleceu normas de previsão de
eclipses, tentou descrever o movimento dos planetas contra o fundo praticamente imóvel das
constelações, acreditou que a Terra fosse o centro do universo e que todos os corpos celestes a rodeavam. Esta teoria foi adotada por santo
Tomás de Aquino no
século XIII, e esta concepção do cosmo foi seguida até o
século XVI.
[editar] Nicolau Copérnico
Jan Matejko-Astronomer Copernicus-Conversation with God
Os filósofos do
século XV aceitavam o
geocentrismo como fora estruturado por
Aristóteles e
Ptolomeu. Esse sistema cosmológico afirmava que a Terra era
esférica,
mas também afirmava que a Terra estaria parada no centro do Universo
enquanto os corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu
redor. Essa visão geocêntrica tradicional foi abalada por
Nicolau Copérnico em
1514,
quando este começou a divulgar um modelo cosmológico em que os corpos
celestes giravam ao redor do Sol, e não da Terra. Essa era uma teoria
de tal forma revolucionária que Copérnico escreveu no seu
de revolutionibus:
"quando
dediquei algum tempo à ideia, o meu receio de ser desprezado pela sua
novidade e o aparente contra-senso, quase me fez largar a obra feita".
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