(Física)
Leis de Newton
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As leis
de Newton são as leis que
descrevem o comportamento de corpos em movimento, formuladas por Isaac Newton . Descrevem a relação entre forças
agindo sobre um corpo e seu movimento causado pelas forças. Essas leis foram
expressas nas mais diferentes formas nos últimos três séculos.
História
Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes
intituladoPhilosophiee Naturalis Principia mathematica. As leis
explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos.
Newton
usando as três leis, combinadas com a lei da gravitação universal, demonstrou
as Leis de Kepler, que descreviam o movimento planetário. Essa demonstração foi
a maior evidência a favor de sua teoria sobre a gravitação universal. Primeira Lei de Newton
Em
uma pista de boliche infinita e sem atrito a bola não pararia até que uma força
contrária ao movimento fosse efetuada.
“
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Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo
quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus
impressis cogitur statum illum mutare.
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”
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“
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Lei I: Todo corpo continua em seu estado de repouso
ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar
aquele estado por forças aplicadas sobre ele.
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”
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Conhecida como princípio da inércia, a Primeira lei de Newton afirma que a força resultante (o vetor
soma de todas as forças que agem
em um objeto) é nulo, logo a velocidade do
objeto é constante. Consequentemente:
§
Um objeto que está em repouso ficará em
repouso a não ser que uma força resultante aja sobre ele.
§
Um objeto que está em movimento não
mudará a sua velocidade a não ser que uma força resultante aja sobre ele.
Newton apresentou a primeira lei a fim de
estabelecer um referencial para as leis seguintes. A primeira lei
postula a existência de pelo menos um referencial, chamado referencial
newtoniano ou inercial, relativo
ao qual o movimento de uma partícula não submetida a forças é descrito por uma
velocidade (vetorial) constante.
“
|
Em todo universo material, o movimento de uma
partícula em um sistema de referência preferencial Φ é determinado pela ação
de forças as quais foram varridas de todos os tempos quando e somente quando
a velocidade da partícula é constante em Φ. O que significa, uma partícula
inicialmente em repouso ou em movimento uniforme no sistema de referência
preferencial Φ continua nesse estado a não ser que compelido por forças a
mudá-lo.
|
”
|
As leis de Newton são válidas somente em um
referencial inercial. Qualquer sistema de referência que está em movimento
uniforme respeitando um sistema inercial também é um sistema referencial,i.e. Invariância de Galileu ou o princípio
de relatividade Newtoniana.
A lei da inércia aparentemente foi percebida
por diferentes cientistas e filósofos naturais independentemente.
Segunda Lei de Newton
Ao
fazer uma força sobre um objeto, quanto menor a massa,
maior será a aceleração obtida. Fazendo a mesma força sobre o
caminhão de verdade e o de brinquedo resultará em acelerações visivelmente
diferentes.
“
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Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi
motrici impressae, etfieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.
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”
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“
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Lei II: A mudança de movimento é proporcional à
força motora imprimida, e é produzida na direção de linha reta na qual aquela
força é imprimida.
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”
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A segunda lei de Newton, também chamada de
princípio fundamental da dinâmica,
afirma que a força resultante em uma partícula é igual a razão do
tempo de mudança do seu momento
linear em um sistema de referência inercial:
Esta lei conforme acima apresentada tem
validade geral, contudo, para sistemas onde a massa é uma constante, esta
grandeza pode ser retirada da derivada,
o que resulta na conhecida expressão muito difundida no ensino médio
onde é a força resultante aplicada, m é a massa (constante) do corpo e é a aceleração do corpo. A força resultante aplicada a um corpo produz
uma aceleração a ela diretamente
proporcional.
Em casos de sistemas à velocidades
constantes e massa variável, a exemplo um fluxo constante de calcário caindo sobre uma esteira transportadora
em indústrias de cimento, a
velocidade pode ser retirada da derivada e a força horizontal sobre a esteira pode ser determinada como:
.
onde é a velocidade constante da esteira e é a taxa temporal de depósito de massa
sobre esta.
Em casos mistos onde há variação tanto
da massa como da velocidade - a exemplo do lançamento do ônibus espacial, ambos os termos
fazem-se necessários.
A segunda lei de Newton em sua forma
primeira, , ainda é válida mesmo se os
efeitos da relatividade especial forem considerados, contudo no âmbito
da relatividade a definição de momento de uma partícula requer alteração, sendo
a definição de momento como o produto da massa de repouso pela velocidade
válida apenas no âmbito da física
clássica.
Impulso
Um impulso ocorre quando uma força age em um intervalo de tempo Δt,
e é dado por:
Já que força corresponde à derivada do
momento no tempo, não é difícil mostrar que:
Trata-se do teorema do impulso variação
da quantidade de movimento, muito útil na análise de colisões e impactos..
Sistema
de partículas e massa variável
Sistemas de massa variável, como um
foguete queimando combustível e ejetando partes, não é um sistema fechado, com massa constante,
e não pode ser tratado diretamente pela segunda lei conforme geralmente
apresentada nos cursos de ensino médio, .
O raciocínio, dado em An Introduction to Mechanics de Kleppner e Kolenkow, e outros
textos atuais, diz que a segunda lei de Newton nesta forma se aplica
fundamentalmente a partículas. Na
mecânica clássica, partículas tem por definição massa constante. No caso de um
sistema de partículas bem definido, contudo ainda com massa constante,
mostra-se que esta forma da lei de Newton pode ser estendida ao sistema como um
todo, tendo-se então que:
onde refere-se à soma das forças externas
sobre o sistema, M é a massa total do sistema, e é a aceleração do cento de massa do sistema.
Para um sistema com massa variável
puntual ou tratado como tal em vista da definição de cento de massa, a equação geral do movimento
é obtida mediante a derivada total encontrada na segunda lei em sua forma
primeira:
onde é a velocidade instantânea da massa
sobre o qual se calcula a força e corresponde à massa em questão, ambas
no instante t em consideração.
Em análise de lançamento de foguetes é
comum expressar-se o termo associado à variação de massa não
em função da massa e da velocidade do objeto mas sim em função da massa ejetada
e da velocidade desta massa ejetada em relação ao centro de massa do
objeto (nave) e não em
relação ao referencial escolhido. é pois a velocidade relativa da massa
ejetada em relação ao veículo que a ejeta. Mediante tais considerações
mostra-se que:
O termo no lado direito, conhecido geralmente
como o empuxo , corresponde à
força atuando no foguete em um dado instante devido à ejeção da massa com velocidade (em relação à nave) devido à ação de
seus motores, e o temo à esquerda, ,
à força total sobre a nave, incluso qualquer força externa que por ventura
esteja simultaneamente atuando sobre o projétil - a saber a força de atrito do
ar, ou outra.
ou seja, a força a impelir a massa m
para frente é devida apenas à ejeção de massa proporcionada pelos seus foguetes
para traz (lembre-se que têm sentidos opostos, contudo é negativo, pois a massa diminui com o
tempo).
Terceira Lei de Newton
Terceira lei de Newton. As forças que os patinadores
fazem no outro são iguais em magnitude, mas agem em sentidos opostos e em
corpos diferentes
“
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Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse
reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et
in partes contrarias dirigi.
|
”
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“
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Lei III: A toda ação há sempre uma reação oposta e
de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre
iguais e dirigidas em direções opostas.
|
”
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A Terceira lei de Newton, ou Princípio
da Ação e Reação, diz que a força
representa a interação física entre dois corpos distintos ou partes distintas
de um corpo,].
Se um corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força de
mesma magnitude no corpo A—
ambas as forças possuindo mesma direção, contudo sentidos contrários. Como
mostrado no esquema ao lado, as forças que os esquiadores fazem um no outro são
iguais em magnitude, mas agem em sentidos opostos. Repare que, embora as forças
sejam iguais, as acelerações e ambos não o são necessariamente: quanto menor a
massa do esquiador maior será sua aceleração.
As duas forças na terceira lei de
Newton têm sempre a mesma natureza. A exemplo, se a rua exerce uma força ação
para frente no pneu de um carro acelerando em virtude do atrito entre este pneu
e o solo, então também é uma força de atrito a força reação que empurra o asfalto para trás.
De forma simples: a força é a expressão
física da interação entre dois entes físicos: há sempre um par de forças a agir
em um par de objetos, e não há força solitária sem a sua contra-parte. As
forças na natureza aparecem sempre aos pares e cada par é conhecido como uma
par ação - reação.
Newton usou suas leis para obter a Lei da Conservação do momento Linear no entanto por uma perspectiva mais
profunda, a conservação do momento linear é a ideia mais fundamental (obtida pelo Teorema de Noether da invariância
de galileu), sendo mantida em casos onde a terceira lei de Newton aparentemente
falha, por exemplo quando há ondas
eletromagnéticas envolvidas ou em
alguns tópicos associados à mecânica
quântica.
Importância e validade
As leis de Newton foram testadas por
experimentos e observações por mais de 200 anos, e elas são se não precisas,
pelo menos uma excelente aproximação quando restritas à escalas de dimensão e
velocidades encontradas no nosso cotidiano. As leis do movimento, a lei da gravitação universal e as técnicas matemáticas atreladas
provêm em um primeiro momento uma boa explicação para quase todos os fenômenos
físicos observados no dia-a-dia de uma pessoa normal. Do chute em uma bola à
construção de casas e edifícios, do vôo de aviões ao lançamento de satélites,
as leis de Newton caem como uma luva.
Contudo, as leis de Newton (combinadas
com a gravitação universal e eletrodinâmica
clássica) são inapropriadas em circunstâncias que ultrapassam os limites de
velocidades e dimensões encontradas no dia-a-dia, notavelmente em escalas muito
pequenas como a atômica e em altas velocidades como a das partículas carregadas
em aceleradores de partículas. Houve a necessidade, pois, de se expandir as
fronteiras do conhecimento com teorias mais abrangentes que as da mecânica de
Newton.
Na relatividade
especial, o fator de Lorentz deve ser incluído na expressão para a
dinâmica junto com massa de
repouso. Sob efeitos de campos gravitacionais muito fortes, há a necessidade de
usar-se a relatividade geral. Em
velocidades comparáveis à velocidade da luz, a segunda lei mantém-se na forma
original ,
o que indica que a força é derivada temporal do momento do objeto, contudo a
definição do que vem a ser momento sofre consideráveis alterações.
Em mecânica
quântica conceitos como força,
momento linear e posição são definidos por operadores lineares que operam no estado quântico. Na mecânica quântica
não relativística, ou seja, em velocidades que são muito menores do que a
velocidade da luz, as ideias de newton mostram-se ainda tão exatas frente a
estes operadores como são para objetos clássicos. Contudo ao considerarem-se
velocidades próximas à da luz em dimensões tão diminutas como as aqui
consideradas, tal afirmação não pode mais ser feita, e em verdade a teoria
associada à "mecânica quântica relativística" ainda não está
completamente consolidada, sendo alvo de grandes pesquisas por parte dos físicos atuais.
(Química)
Átomo
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O átomo é a menor partícula que ainda
caracteriza um elemento químico. Ele apresenta um núcleo com carga
positiva (Z é a quantidade de prótons e "E" a carga elementar) que
apresenta quase toda sua massa (mais que 99,9%) e Z elétrons determinando o seu tamanho.
Até fins do século XIX, era considerado
a menor porção em que se poderia dividir a matéria.
Mas nas duas últimas décadas daquele século, as descobertas do próton e do elétron
revelaram o equívoco dessa ideia. Posteriormente, o reconhecimento do nêutron e de outras partículas subatômicas reforçou a necessidade de revisão do
conceito de átomo.
História
Os
atomistas na antiga Grécia
Os atomistas,
encabeçados por Demócrito e pelo seu professor Leucipo, pensavam que a matéria era
constítuida por partículas minúsculas e invisíveis, os átomos (A-tomo),"Sem divisão". Achavam
eles que se dividíssemos e voltássemos a dividir, alguma vez o processo havia
de parar.
Para Demócrito, a grande variedade de
materiais na natureza provinha dos movimentos dos diferentes tipos de átomos
que, ao se chocarem, formavam conjuntos maiores gerando diferentes corpos com
características próprias. Algumas ideias de Demócrito sobre os átomos:
§
Água: formada
por átomos ligeiramente esféricos (a água escoa facilmente).
§
Terra: formada
por átomos cúbicos (a terra é estável e sólida).
§
Ar: formado
por átomos em movimento turbilhonantes (o ar se movimenta - ventos).
§
Fogo: formado
por átomos pontiagudos (o fogo fere).
§
Alma: formada
pelos átomos mais lisos, mais delicados e mais ativos que existem.
§
Respiração: era
considerada troca de átomos, em que átomos novos substituem átomos usados.
§
Sono: desprendimento
de pequeno número de átomos do corpo.
§
Coma: desprendimento
de médio número de átomos do corpo.
§
Morte: desprendimento
de todos os átomos do corpo e da alma.
Os fundamentos de Demócrito para os
átomos foram tomando corpo com o passar do tempo. Epicurro (341 a.C. - aproximadamente 270 a. C.)
complementou suas ideias ao sugerir que haveria um limite para o tamanho dos
átomos, justificando assim, a razão de serem invisíveis.
Mas, ainda assim, a teoria mais defendida
era a de Aristóteles que acreditava que a matéria seria constituída de elementos da natureza como fogo, água, terra e ar que misturados em diferentes
proporções, resultariam em propriedades físico-químicas diferentes.
Evolução histórica da ideia de átomo
Modelo
de Dalton
John Dalton, em 1803, tentando explicar
o comportamento dos diversos gases da atmosfera e das misturas gasosas, retomou
a hipótese atômica. Assim como Leucipo, Demócrito e Epicuro, Dalton acreditava
que a matéria seria constituída por átomos indivisíveis e espaços vazios. Ele
imaginou o átomo como uma pequena esfera, com massa definida e propriedades
características. Dessa forma, todas as transformações químicas podiam ser
explicadas pelo arranjo de átomos. Toda matéria é constituída por átomos. Esses
são as menores partículas que a constituem; são indivisíveis e indestrutíveis,
e não podem ser transformados em outros, nem mesmo durante os fenômenos químicos.
Os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos em massa e se comportam
igualmente em transformações químicas. As transformações químicas ocorrem por
separação e união de átomos. Isto é, os átomos de uma substância que estão
combinados de um certo modo, separam-se, unindo-se novamente de uma outra
maneira.
O
modelo atômico de Thomson
O britânico Joseph John Thomson descobriu os elétrons em 1897 por meio de experimentos
envolvendo raios catódicos em tubos
de crookes. O tubo de crookes consiste-se em uma ampola que contém apenas vácuo
e um dispositivo elétrico que faz os elétrons de qualquer material condutor
saltar e formar feixes, que são os próprios raios catódicos. Thomson, ao
estudar os raios catódicos, descobriu que estes são afetados por campos elétrico e magnético, e deduziu que a deflexão
dos raios catódicos por estes campos são desvios de trajetória de partículas
muito pequenas de carga negativa, os elétrons.
Thomson propos que o átomo era,
portanto, divisível, em partículas carregadas positiva e negativamente,
contrariando o modelo indivisível de átomo proposto por Dalton (e por atomistas na Antiga Grécia). O átomo consistiria
de vários elétrons incrustados e embebidos em uma grande partícula positiva,
como passas em um pudim. O modelo atômico do "pudim com passas" permaneceu
em voga até a descoberta do núcleo atômico por Ernest Rutherford.
O
modelo atômico de Rutherford
Em 1911,
realizando experiências de bombardeio de lâminas de ouro com partículas alfa
(partículas de carga positiva, liberadas por elementos radioativos), Rutherford fez uma importante constatação: a
grande maioria das partículas atravessava diretamente a lâmina, algumas sofriam
pequenos desvios e outras, em número muito pequeno (uma em cem mil), sofriam
grandes desvios em sentido contrário.
A partir dessas observações, Rutherford
chegou às seguintes conclusões:
§
No átomo existem espaços vazios; a
maioria das partículas o atravessava sem sofrer nenhum desvio.
§
No centro do átomo existe um núcleo
muito pequeno e denso; algumas partículas alfa colidiam com esse núcleo e
voltavam, sem atravessar a lâmina.
§
O núcleo tem carga elétrica positiva;
as partículas alfa que passavam perto dele eram repelidas e, por isso, sofriam
desvio em sua trajetória.
Pelo modelo atômico de Rutherford, o
átomo é constituído por um núcleo central, dotado de cargas elétricas positivas
(prótons), envolvido por uma nuvem de cargas elétricas negativas (elétrons).
Rutherford demonstrou, ainda, que
praticamente toda a massa do átomo fica concentrada na pequena região do
núcleo.
Dois anos depois de Rutherford ter
criado o seu modelo, o cientista dinamarquês Niels
Bohr o completou, criando o que hoje é chamado modelo planetário. Para Bohr, os
elétrons giravam em órbitas circulares, ao redor do núcleo. Depois desses,
novos estudos foram feitos e novos modelos atômicos foram criados. O modelo que
representa o átomo como tendo uma parte central chamado núcleo, contendo
prótons e nêutrons, serve para explicar um grande número de observações sobre
os materiais.
O
modelo atômico de Niels Bohr e a mecânica quântica
O modelo planetário de Niels Bohr foi
um grande avanço para a comunidade científica, provando que o átomo não era
maciço. Segundo a Teoria Eletromagnética, toda carga elétrica em movimento em
torno de outra, perde energia em forma de ondas
eletromagnéticas. E justamente por isso tal modelo gerou certo desconforto,
pois os elétrons perderiam energia em forma de ondas eletromagnéticas, confinando-se
no núcleo, tornando a matéria
algo instável.
Bohr, que trabalhava com Rutherford,
propôs o seguinte modelo: o elétron orbitaria o núcleo em órbitas estacionárias, sem perder
energia. Entre duas órbitas, temos as zonas proibidas de energia, pois só é
permitido que o elétron esteja em uma delas. Ao receber um quantum, o elétron salta de órbita, não num movimento contínuo,
passando pela área entre as órbitas (daí o nome zona proibida), mas
simplesmente desaparecendo de uma órbita e reaparecendo com a quantidade exata
de energia. Se um pacote com energia insuficiente para mandar o elétron para órbitas superiores encontrá-lo,
nada ocorre. Mas se um fóton com a energia exata para que ele salte
para órbitas superiores, certamente o fará, depois, devolvendo a energia
absorvida em forma de ondas
eletromagnéticas.
Estrutura
Se o núcleo de um átomo fosse do tamanho de um limão com um raio de 3cm, os elétrons mais
afastados estariam cerca de 3 km de distância.
Os cientistas, por meio de técnicas
avançadas, já perceberam a complexidade do átomo. Já comprovaram a presença de
inúmeras partículas em sua constituição e desvendaram o comportamento dessas
partículas. Mas para construir alguns conceitos que ajudam a entender a química
do dia-a-dia, o modelo de átomo descrito por Rutherford-Bohr é suficiente. Na
constituição dos átomos predominam os espaços vazios. O núcleo, extremamente
pequeno, é constituído por prótons e nêutrons. Em torno dele, constituindo a
eletrosfera, giram os elétrons.
O diâmetro da eletrosfera de um átomo é
de 10,000 a
100,000 vezes maior que o diâmetro de seu núcleo, e sua estrutura interna pode
ser considerada , para efeitos práticos, oca; pois para encher todo este espaço
vazio de prótons e nêutrons (ou núcleos) necessitaríamos de um bilhão de
milhões de núcleos…
O átomo de hidrogênio é constituído por
um só próton com um só elétron girando ao seu redor. O hidrogênio é o único
elemento cujo átomo pode não possuir nêutrons.
O elétron e o próton possuem, respectivamente, carga
negativa e carga positiva, porém não a mesma massa. O próton é 1836,11 vezes mais massivo que o
elétron. Usando, como exemplo hipotético, um átomo de vinte prótons e vinte nêutrons em seu núcleo, e este estando em eletrodinâmico, terá vinte elétrons orbitando em suas camadas exteriores.
Sua carga elétrica estará em perfeito equilíbrio
eletrodinâmico, porém 99,97% de sua massa encontrar-se-á no núcleo. Apesar do
núcleo conter praticamente toda a massa, seu volume em relação ao tamanho do
átomo e de seus orbitais é minúsculo. O núcleo atômico mede em torno de (1 fm)
centímetros de diâmetro, enquanto que o átomo mede cerca de centímetros (100 pm).
Principais características das partículas fundamentais
Massa
Determinar a massa de um corpo significa
comparar a massa deste corpo com outra tomada como padrão.
A unidade de massa tomada como padrão é
o grama (g). Mas nós muitas vezes utilizamos o Quilograma, que equivale a 1000 vezes a massa de 1 g. Um exemplo disso é quando se diz que a
massa de uma pessoa é 45 vezes a massa correspondente à do quilograma.
Ou ainda: 45 kg = 45 x 1000 g = 45 000 g
Como as partículas que constituem o
átomo são extremamente pequenas, uma unidade especial teve que ser criada para
facilitar a determinação de suas massas. Essa unidade, denominada unidade
de massa atômica, é representada pela letra u.
1 u equivale
a aproximadamente 1,66 · 10−27 kg
(veja artigo Unidade de massa atômica).
As massas do próton e do nêutron são
praticamente iguais: medem cerca de 1 unidade
de massa atômica. A massa do elétron é 1836 vezes menor que a do próton: essa
massa é desprezível, porém é errado dizer que o elétron é desprovido dela.
Carga
elétrica
O elétron é uma partícula dotada de
carga elétrica negativa. A sua carga, que foi determinada experimentalmente em
1908, equivale a uma unidade de carga elétrica (1 ue). A carga do próton é
igual à do elétron, só que de sinal contrário. O próton tem carga elétrica
positiva. O nêutron não possui carga elétrica, como o seu nome indica, ele é
neutro.
Interação atômica
Se tivermos dois átomos hipotéticos,
cuja carga elétrica seja neutra, presume-se que estes não se afetarão
mutuamente por causa da neutralidade da força electromagnética entre si.
A distribuição de cargas no átomo se dá
de forma diversa. A carga negativa é externa, a carga positiva é interna, isto
ocorre por que os elétrons orbitam o núcleo. Quando aproximamos dois átomos,
mesmo estando em perfeita neutralidade interna, estes se repelem, se desviam ou
ricocheteiam.
Exemplo típico ocorre no elemento hélio (He) onde seus átomos estão em eterno
movimento de mútuo ricochete. Em temperatura ambiente, o gás hélio
tem no movimento de seus átomos um rápido ricochete. Ao diminuir a temperatura, o movimento oscilatório
diminui, o volume fica menor e a densidade aumenta. Chegaremos teoricamente num
ponto em que o movimento de ricochete diminuirá tanto que não se poderá mais
retirar energia deste. A este nível
térmico, damos o nome de zero
absoluto, este é –273,15 °C.
Força de Van der Waals
A carga eletrônica não se distribui de
maneira uniforme, algumas partes da superfície atômica são menos negativas que
outras. Em função disto, a carga positiva que se encontra no interior do átomo
infiltrar-se-á pelas áreas menos negativas externas, por isso haverá uma débil
atração eletrostática entre os dois átomos chamada de força de Van der Waals.
Em baixíssima temperatura, os átomos de
hélio movem-se muito lentamente, seu ricochete diminui a tal grau que é
insuficiente para vencer as forças de Van der Waals, como o átomo de hélio é
altamente simétrico, por este motivo as forças atuantes neste elemento são
muito fracas. A contração do hélio ocorre e este acaba por se liquefazer a 4,3
graus acima do zero absoluto.
Nos demais gases presentes na natureza
sua distribuição de cargas é menos simétrica que no hélio, as forças de Van der
Waals são maiores ocasionando uma liquefação em temperaturas maiores.
Atração atômica
Nas regiões externas dos átomos, a
distribuição eletrônica se dá em camadas, sua estrutura apresenta a
estabilidade máxima se estas estiverem completas. Com exceção do hélio e outros
elementos com estabilidade e simetria semelhante, geralmente a camada mais
exterior do átomo é incompleta, ou podem possuir excesso de elétrons. Em função
disto pode haver a transferência de um ou dois elétrons do átomo em que estão
em excesso, para o átomo em que estão em falta, deixando as camadas externas de
ambos em equilíbrio.
O átomo que recebe elétrons ganha carga
negativa, e o que perdeu não equilibra totalmente sua carga nucléica, positiva.
Ocorre então o aglutinamento atômico.
Existe ainda o caso de dois átomos
colidirem. Ocorrendo, há o compartilhamento eletrônico entre ambos que passam a
ter suas camadas mais externas completas desde que permaneçam em contato.
Elementos químicos conhecidos
É importante ter em mente que, átomo, é
uma entidade elementar. O conjunto de átomos que apresentam o mesmo número
atômico (Z) é chamado de elemento
Químico. Desta forma, na Tabela Periódica dos Elementos, a idéia de entidade
elementar é substituída pela idéia d
É possível ter aproximadamente 10
sextilhões de átomos em uma casa (o algarismo 1 e 22 zeros à direita.
Ex.: Ao procurar pelo Carbono na Tabela Periódica, você deve saber
que está procurando pelo Elemento Carbono e não pelo átomo de Carbono.
A
Tabela Periódica dos Elementos
NOME: Pedro Henrique Caetano, Pedro Ferreira, Jackson, Mayk e Alexandre
Turma: 1002